domingo, 4 de abril de 2010

Lição de Escola Sabatina de 3 a 10 de abril

O poder da escolha





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Sábado à tarde Ano Bíblico: 2Sm 8–10


Verso para Memorizar: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia” (Daniel 1:8).


Leituras da semana: Gn 2:16, 17; 3:1-13; Dt 30:10-19; Sl 119:11; Cl 3:2; Hb 11:8-10

Jaqueline e Carol (nomes mudados) eram irmãs, com dois anos de diferença de idade. Elas cresceram juntas em um lar amoroso. Quando alcançou a adolescência, Jaqueline aplicou-se diligentemente aos estudos. Ela teve sucesso e, depois de se formar no ensino médio, foi para a universidade estudar administração. Hoje, ela está com pouco mais de trinta anos, tem um emprego de responsabilidade em uma empresa de investimentos, é casada e vive confortavelmente em sua própria casa.

Carol escolheu ir às festas e se divertir. Ela deixou de estudar no ensino médio e começou a experimentar tabaco, álcool e outras drogas. Hoje, ela é mãe solteira, vive da ajuda do governo, está tentando se reabilitar da dependência das drogas e tem um pouco de inveja – embora relutantemente orgulhosa – do sucesso da irmã.

As duas meninas tiveram as mesmas oportunidades e o mesmo conjunto de escolhas. Jaqueline escolheu um caminho, e Carol, o outro. As duas estão vivendo agora com as consequências dessas escolhas.

Escolhas – todos as temos, todos temos que fazê-las, e todos temos que conviver com suas consequências.

Portanto, a maior pergunta para nós todos é: quais serão essas escolhas, e como podemos saber como tomar as decisões certas? Nesta semana, vamos analisar um pouco mais o poder da escolha.

Prévia da semana: Deus deu aos seres humanos o poder da escolha. Com essas escolhas, porém, vêm as consequências.


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Domingo Ano Bíblico: 2Sm 11, 12


A realidade da liberdade

Frequentemente, ouvimos as pessoas falarem sobre “liberdade”. Normalmente, os movimentos políticos, de uma forma ou de outra, fazem grandes proclamações sobre “liberdade”. Um estado nos Estados Unidos ostenta o lema: “Viver livre ou morrer”.

De fato, a liberdade é um assunto muito complicado. A palavra significa coisas diferentes para pessoas diferentes em contextos diferentes. Nem sempre é fácil determinar exatamente o que as pessoas querem dizer quando falam sobre “liberdade”.

Uma coisa, entretanto, é certa: quando Deus criou os seres humanos, Ele os fez como seres morais, e para que as pessoas sejam verdadeiramente morais, precisam ter liberdade moral. Em outras palavras, precisam ter a capacidade de escolher o que é errado, se quiserem. Se não tivessem essa opção, realmente, não poderiam ser livres.

1. O que está implícito nas palavras de Deus a Adão? Como a liberdade moral de Adão é revelada nesses textos? Gn 2:16, 17

Em Gênesis 3:1-6, vemos a liberdade moral conferida a Adão e a Eva. Por que Deus lhes advertiu a não comer da árvore se não tivessem recebido o poder de escolha? Consequentemente, vemos seres perfeitos, em um ambiente perfeito, com liberdade moral. Bem no fundo da existência humana, a realidade de nossa liberdade logo ficou aparente.

2. De que forma Adão e Eva exerceram livre-arbítrio? Em cada uma dessas fases, como eles poderiam ter feito escolhas melhores? O que podemos aprender desses textos sobre as escolhas que fazemos? Gn 3:1-6

A liberdade moral humana deve ser algo muito importante aos olhos de Deus. Afinal, pense em quanto Lhe custou quando abusamos dessa liberdade. Esse dom é tão sagrado, tão fundamental que, em lugar de negá-lo a nós, Deus estava disposto a enfrentar a cruz em vez de permitir que perecêssemos como consequência de abusarmos dele.

Que engano básico Adão e Eva cometeram? Com o conhecimento de seus erros, como podemos evitar fazer o mesmo em nosso contexto? Como devemos enfrentar tentações semelhantes?


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Segunda Ano Bíblico: 2Sm 13, 14


Consequências: culpa e medo

3. Leia Gênesis 3:7-13 e responda às perguntas a seguir:

a) Se você pudesse definir, em uma palavra, o que o casal experimentou, qual seria essa palavra, e por quê? Em nossa experiência hoje, como às vezes enfrentamos a mesma coisa?

b) Que outra emoção eles experimentaram e que não conheciam antes? Novamente, como experimentamos a mesma coisa, e por quê?


Quando o escândalo de Watergate, nos Estados Unidos, foi exposto pela imprensa no início da década de 1970, revelou-se que grande parte da atividade da Casa Branca se resumia nas operações de encobrimento. Quando, finalmente, o presidente Richard Nixon renunciou, não foi porque ele havia autorizado o arrombamento do Partido Democrata ou havia tomado parte no planejamento da invasão; ele foi culpado de tentar encobrir o que outros fizeram.

De certo modo, o que vemos nesses versos é Adão eEvatentando uma atividade de encobrimento, tentando esconder de Deus o que haviam feito ou, pelo menos, tentando tirar a culpa de sobre si mesmos.

Claro, a maioria das pessoas que conhecem o Senhor sabe que é impossível esconder dEle qualquer coisa. Quando até os cabelos de nossa cabeça são contados (Mt 10:30), não podemos enganá-Lo sobre nossos atos. Mas podemos enganar a nós mesmos, não podemos? Quão facilmente encontramos maneiras de tentar colocar a culpa em outros. Se meu chefe tão-somente não tivesse feito isso, eu não teria feito aquilo. Se meu cônjuge não tivesse agido assim, eu não teria feito isso. Se Deus tivesse tirado a tentação quando eu orei, eu não teria caído. Se só isso, se só aquilo. ...

Com certeza, às vezes, enfrentamos tentações poderosas, que interferem com o íntimo de nosso ser. A situação também é pior porque temos natureza caída e corrompida, que torna mais fácil sucumbirmos quando somos tentados. Além de o pecado ser muito mau, e frequentemente as consequências serem más, ainda tornamos tudo pior quando nos recusamos a assumir a responsabilidade. Afinal, como podemos vencer o pecado se, em nossa mente, não assumimos a culpa por ele?

Você costuma aceitar a responsabilidade por suas decisões erradas? Ou você sempre procura maneiras de culpar os outros por elas? Neste caso, quando você vai parar?


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Terça Ano Bíblico: 2Sm 15–17


Escolhas: boas e más

Embora nossa natureza tenha sido mudada depois da queda de Adão e Eva, como seres humanos, ainda temos o poder de escolha. Ainda temos livre-arbítrio. O que vamos fazer com essa capacidade, realmente, depende inteiramente de nós. Podemos nos submeter a Deus e Lhe obedecer, ou podemos decidir continuar em nosso caminho pecaminoso.
4. Quais foram algumas das escolhas erradas de Abraão? Quais foram as consequências dessas escolhas? Veja Gênesis 16; Gn 21:9-14.

“A poligamia se tornara tão espalhada que deixara de ser considerada pecado; mas nem por isso deixava de ser uma violação da lei de Deus, e era de resultado fatal à santidade e paz na relação da família. Do casamento de Abraão com Hagar resultaram males, não somente para a sua própria casa, mas para as gerações futuras” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 145).

Leia Daniel 1:8-16. As palavras “Daniel... decidiu não se tornar impuro” indicam que as escolhas de Daniel eram conscientes e firmes. As consequências dessa decisão deliberada e resoluta influenciaram a vida toda de Daniel e ocasionaram a bênção e atenção especial do Senhor. Daniel reafirmava sua submissão diária ao Senhor em suas ocasiões de oração e devoção.

5. De que maneira podemos programar nossa mente de forma que estejamos mais preparados para tomar as decisões certas? Sl 119:11; Fp 4:8; Cl 3:2

Somos livres para escolher em favor de Deus ou livres decidir contra Ele. Não existe meio-termo. Ou estamos de um lado ou do outro. Isso não significa que não cometemos enganos ou caímos (Veja Abraão, por exemplo); significa que devemos “decidir” buscar a vontade de Deus, qualquer que seja o custo. Devemos “decidir” escolher o que é certo, e o certo é o que Deus nos ordena fazer. O importante, que nunca devemos esquecer, é que, se cairmos, se fizermos as escolhas erradas, Deus não nos abandona. Por outro lado, o perigo é que podemos nos achar tão culpados, podemos nos considerar tão maus, que estejamos em perigo de desistir. Nesses casos, nossa única esperança é lançar-nos ao pé da cruz e pedir o perdão oferecido por Jesus.


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Quarta Ano Bíblico: 2Sm 18, 19


Escolha e a próxima geração

7. Que opções apresentou Moisés a Israel, em nome do Senhor? Qual era a vontade de Deus a esse respeito? Dt 30:10-19. Que implicações tinham as decisões dos israelitas sobre sua descendência?

As consequências de escolhas da vida afetam não somente a nós mesmos mas, frequentemente, afetam também os nossos filhos. Nossa influência é maior do que imaginamos, especialmente sobre os filhos.

Um exemplo é o de beber álcool. Tem-se feito muito alarde sobre o “suposto” benefício de um copo de bebida alcoólica por dia. Essa promoção, impulsionada pelos lucros da indústria de bebidas alcoólicas, enganou a muitos. Mas alguns estão cientes de que esses estudos foram seriamente adulterados, e quando se aplicam as correções a essas falhas, descobre-se que esses pretensos benefícios são inexistentes.

O álcool continua o que sempre foi, um dos grandes flagelos da humanidade; e com todas as advertências que recebemos sobre isso, quão tolo seria baixar a guarda agora.

Sabe-se que cerca de sete por cento das pessoas que tomam um primeiro trago se tornarão alcoólatras ou problemáticas. A decisão de introduzir álcool em nossos lares, mesmo que seja um pouquinho, pode ter ou não repercussões sobre nós individualmente. Podemos não ser muito prejudicados por ele. Mas que dizer de nossos filhos? Que dizer do exemplo que você deixa? Se você bebe, é muito mais provável que seus filhos também bebam. Vale a pena escolher algo que pode tirar a vida de seu filho? Os estudos mostraram claramente que as crianças que crescem em lares em que o álcool está presente são muito mais suscetíveis de ter problemas com a bebida que crianças criadas em lares em que não se consome essa droga. Este simples fato já nos deve tornar ainda mais cautelosos sobre os exemplos que deixamos.

Leia novamente Deuteronômio 30:10-19. Suas escolhas afetam não só você mesmo, mas também seus filhos. E se você não tiver filhos, por que arriscar com uma escolha que, no fim, representa tantos perigos? Deus nos deu esses princípios de saúde para nosso bem. Temos fé para confiar em Sua Palavra?

Quem não viu exemplos da destruição provocada pelo consumo do álcool? Por que ser tolo e correr riscos para si mesmo ou, ainda pior, por que fazer algo que influencie os outros na direção errada?


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Quinta Ano Bíblico: 2Sm 20, 21


Escolha e acaso

E com respeito a Sião se dirá: Este e aquele nasceram nela; e o próprio Altíssimo a estabelecerá. O Senhor, ao registrar os povos, dirá: Este nasceu lá” (Sl 87:5, 6).

Embora todos tenham o poder de escolha, nem todos têm oportunidades iguais. Algumas escolhas limitam as possibilidades e oportunidades futuras. Alguns sofrem desvantagens independentemente de escolha. Pense nas desvantagens que obscurecem a vida de alguns: crianças nascidas em lares em que são usadas drogas, em que prevalece a violência doméstica, em que a pobreza é extrema. Pense na destruição provocada por violência, corrupção e desespero. Todos nós, em certa medida, fomos colocados em situações que não são de nossa escolha.

8. Que critério terá Deus ao julgar as pessoas? Sl 87:5, 6. Como esses versos devem nos ajudar a entender melhor o significado de Mateus 7:1, 2?

Deus conhece nossas circunstâncias; Ele sabe que muitos de nós fomos criados em situações horríveis, que não dependem de nossas escolhas. Só Deus conhece completamente nossa origem.

Às vezes, encontramos pessoas que estão lutando com problemas terríveis, provocados por escolhas que outros fizeram: a decisão de um pai de abandonar a família; a decisão de um cônjuge de cometer adultério; a decisão de um amigo trair alguém em quem confiava? As variáveis são tão infinitas quanto assustadoras.

Mas, em tudo isso, as boas-novas são que podemos fazer uma escolha que seja a mais importante de todas. Podemos decidir seguir Jesus. Quando escolhemos Jesus como nosso Salvador pessoal, quando nos arrependemos de nossos caminhos pecaminosos, e quando somos batizados, recebemos o dom do Espírito Santo. Por esse dom, Deus agora entra e influencia nosso coração e mente a fim de dirigir nossos atos e nos levar a produzir fruto. Somos feitos ramos da Videira Verdadeira.

De acordo com Gálatas 5:22, 23, o fruto do Espírito não vem isolado, mas como um conjunto. É resultado do Espírito que toma o controle de nossa vontade, pelo menos até o ponto em que o permitirmos. Em outras palavras, pelo poder de Deus, operando em nossa vida, podemos – mediante nossas decisões – permitir que o Senhor retenha algumas das coisas negativas trazidas sobre nós por escolhas que nós mesmos nunca fizemos.

Você traz consigo alguns resultados de escolhas que outros fizeram, e não você? Como Deus operou em sua vida para reter alguns dos resultados negativos dessas escolhas? Que escolhas melhores você pode fazer para ajudar no processo de cura?


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Sexta Ano Bíblico: 2Sm 22–24


Estudo adicional

Leia Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 94: “Os Anjos Bons são Mais Poderosos que os Anjos Maus”.

Toda pessoa tem um Céu a ganhar, e um inferno a evitar. E os anjos acham-se todos prontos para vir em auxílio de cada pessoa tentada e provada. Ele, o Filho do infinito Deus, resistiu à prova em nosso favor. A cruz do Calvário ergue-se vividamente diante de cada um. Quando o caso de todos for julgado, e eles [os perdidos] forem entregues a sofrer por seu desprezo a Deus e pela desconsideração de Sua honra em sua desobediência, ninguém terá desculpa alguma; ninguém teria necessidade de haver perecido. Foi deixado a sua própria escolha quem seria seu príncipe – Cristo ou Satanás” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 96).

“Deus não força os homens a abandonarem sua incredulidade. Acham-se perante eles a luz e as trevas, a verdade e o erro. Cumpre-lhes decidir qual aceitarão. O espírito humano é dotado da faculdade de discriminar entre a verdade e o erro. É o desígnio de Deus que não se decidam por impulso, mas pelo peso da evidência, comparando cuidadosamente escritura com escritura” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 458).

Perguntas para reflexão

1. Comente em classe toda a questão da “liberdade”. Que significa liberdade? Uma pessoa que escolhe ser escrava é realmente livre? Quão livres somos nós, de fato? Quais são os limites da liberdade? Quando a liberdade pode ser algo ruim?
2. Pense em todos os efeitos negativos do álcool. Pense nas vidas arruinadas pelo seu uso. Quando contrastado com os supostos “benefícios”, por que é tão inteligente nunca se envolver com essa droga?